Novo presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente de MG prestou serviços para mineradoras
16/10/2025
(Foto: Reprodução) Veja os vídeos que estão em alta no g1
O novo presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) de Minas Gerais, Edson de Resende Castro, nomeado pelo governador Romeu Zema (Novo) no último dia 11, já prestou consultoria jurídica para empresas do setor de mineração.
O advogado e ex-promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi nomeado para o cargo após a prisão do antigo presidente da fundação, Rodrigo Gonçalves Franco, na Operação Rejeito, da Polícia Federal. (relembre abaixo)
O caso foi revelado pela "Repórter Brasil" e confirmado pelo g1.
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o trabalho de Resende foi realizado por tempo limitado e dentro da legalidade, após sua aposentadoria do Ministério Público, em janeiro de 2024.
A pasta afirmou que, nessa condição, ele acompanhou a diretoria da mineradora Itaminas em uma visita institucional ao MPMG, mas não representou formalmente a empresa em inquéritos ou processos administrativos.
Resende também prestou serviços para LGA Mineração e Siderurgia S.A., mas nenhuma das três empresas foi cliente formal do escritório dele. O g1 procurou as mineradoras, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
O ex-promotor informou que o novo presidente se desligou do escritório e dará baixa em sua inscrição na OAB para exercer a função pública, conforme previsto por lei.
Em nota, o MPMG confirmou a aposentadoria de Resende e destacou que as atividades exercidas por ex-membros da instituição têm caráter pessoal, sem vínculo com o órgão.
A instituição reiterou que a atuação dos promotores em processos ou inquéritos é pautada pela independência funcional e pelo cumprimento da lei.
Edson de Resende Castro, novo presidente da Feam e ex-promotor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Reprodução/TRE-MA
Contexto da nomeação
A nomeação de Edson de Resende ocorreu menos de um mês após a prisão do ex-presidente da Feam, Rodrigo Franco, investigado por suposto esquema de corrupção e concessão irregular de licenças ambientais.
O governo de Minas informou que, desde então, afastou servidores citados, suspendeu licenças de empresas envolvidas e iniciou revisões internas e fiscalizações.
A Semad avalia ainda, junto à Controladoria-Geral do Estado, a contratação de auditoria externa independente para auxiliar nas apurações. Em nota, o governo afirmou manter o compromisso com a transparência, integridade e proteção ambiental na condução das políticas do setor.
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