Professores fazem manifestação e pedem reestruturação de tabela salarial no AC
15/10/2025
(Foto: Reprodução) Professores protestam por recomposição salarial no Acre
Dezenas de profissionais da Educação estadual protestaram, na manhã desta quarta-feira (15), cobrando a restruturação da tabela do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), reduzido de 10% para 7%, além de recomposição salarial.
Por meio de nota, a Secretaria de Educação e Cultura do Acre (SEE-AC) afirmou que, neste momento, não pode adotar 'qualquer medida que ultrapasse os limites legais, pela Lei de Responsabilidade Fiscal'. (Leia o posicionamento completo mais abaixo)
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Com cartazes que pedem a volta das tabelas salariais, os professores se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
"Nós deveríamos estar comemorando, mas infelizmente o estado do Acre não temos o que comemorar. O governador Gladson Cameli cancelou os 10% da nossa referência, hoje as perdas são enormes", disse a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre, Rosana Nascimento.
Professores da Educação estadual protestam em frente à Aleac nesta quarta-feira (15)
Lucas Thadeu/Rede Amazônica
O Sindicato do Professores da Rede Pública de Ensino do Acre (Simproac) também se manifestou. Segundo Edileudo Rocha, vice-presidente do Simproacre, a categoria está há três anos e seis meses cobrando pela volta da reestruturação da tabela salarial.
"Esse prejuízo chega a mais de R$ 300 mil por pessoa e não podemos abrir mão dessa perda porque está fazendo falta na nossa mesa, estamos deixando de comprar alimentação por conta dessa maldade. No dia dos professores, estamos pedindo de presente o que é nosso, que é só a volta da nossa reestrutura da nossa tabela salarial", complementou.
SEE-AC se posiciona
Na manhã desta quarta, a Secretaria de Educação e Cultura do Acre (SEE-AC) afirmou que reconhece a importância da tabela salarial, mas que não pode adotar medidas que infrinja a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O órgão complementou ainda dizendo que trabalha na modernização de escolas e na viabilização de projetos que possam melhorar as condições de ensino.
"Esse é um cenário que não se restringe ao Acre. Outros estados, especialmente os da Amazônia, também enfrentam as mesmas restrições agravadas pelos altos custos de se fazer educação em regiões onde a logística é complexa e os investimentos precisam ser maiores para atender estudantes e professores", complementou.
Professores da Educação estadual protestam em frente à Aleac nesta quarta-feira (15)
Lucas Thadeu/Rede Amazônica
Nota de esclarecimento completa - SEE/AC
"O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), reafirma o compromisso com a valorização dos profissionais da educação.
Reconhece, ainda, a relevância do tema da tabela salarial, mas neste momento permanece impedido de adotar qualquer medida que ultrapasse os limites legais, pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Esse é um cenário que não se restringe ao Acre. Outros estados, especialmente os da Amazônia, também enfrentam as mesmas restrições agravadas pelos altos custos de se fazer educação em regiões onde a logística é complexa e os investimentos precisam ser maiores para atender estudantes e professores.
Apesar das limitações fiscais, a atual gestão não deixou de avançar na valorização da categoria. Houve investimentos em modernização das escolas, transporte e conectividade, além da criação de programas que fortalecem a formação e as condições de trabalho dos educadores. São conquistas que representam respeito e cuidado com aqueles que todos os dias sustentam a Educação do Acre.
A valorização dos profissionais da educação segue como prioridade. Nosso compromisso é seguir dialogando com a categoria e assegurando que cada avanço seja consolidado de forma responsável, para que a educação siga como uma política pública prioritária do nosso estado.
Aberson Carvalho
Secretário de Estado de Educação e Cultura do Acre."
*Colaborou o repórter Lucas Thadeu, da Rede Amazônica Acre.
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