Mais de metade das emendas liberadas pelo governo federal na última semana foi para partidos do Centrão

  • 01/07/2025
Ao todo, governo liberou R$ 3,13 bilhões em emendas no ano e pagou R$ 940 milhões. Liberação dos recursos fez parte de esforço para reverter votação que derrubou alta do IOF. O final do mês de junho registrou a maior liberação de emendas parlamentares deste ano. Só na última semana do mês foram R$ 2,3 bilhões. Motta usa redes sociais para rebater críticas ao Congresso por derrubada do IOF Destes, 53% foram destinados aos partidos do chamado Centrão, um bloco informal na Câmara dos Deputados que reúne parlamentares de legendas de centro e centro-direita. Em relação aos valores efetivamente pagos, o percentual referente aos partidos do grupo chega a 59%. 📄 Emendas empenhadas: são aquelas que o governo reserva para poderem ser executadas. Nem sempre o valor liberado refere-se ao total solicitado na emenda. 📝 Emendas liquidadas: aquelas que já foram autorizadas a serem executadas. 💵 Emendas pagas: tudo o que foi pago na execução do pretendido pela emenda. Distribuição de emendas parlamentares empenhadas na última semana de junho 💰Até o momento, ainda de acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), o governo já empenhou mais de R$ 3,13 bilhões para o pagamento de emendas – dos quais 54% destinados a partidos do Centrão. O montante efetivamente pago é, no entanto, menor: cerca de R$ 940 milhões. 💸A maior parte dos valores reservados pelo governo é de emendas individuais — impositivas e indicadas por um único parlamentar. Não há recursos empenhados para emendas de comissões, que desde o ano passado vem sendo alvo de críticas e reclamações por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, os parlamentares registraram 8.861 emendas. Desse total, 1.510 foram empenhadas, 560 liquidadas e 492 pagas. Desse total pago, apenas três eram emendas de bancadas, totalizando R$ 2,2 milhões. O restante, R$ 938 milhões, foi pago em emendas individuais. Grupos políticos Historicamente, os partidos políticos se enquadram em três diferentes grupos: base, oposição e Centrão. Os partidos da base são aqueles que apoiam o governo dentro do Congresso Nacional. Hoje, a base é composta por partidos como o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e partidos como PC do B, PV e PSOL. A oposição é composta por legendas que divergem das pautas propostas pelo governo. A mais proeminente é o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas o Novo também integra o grupo. Já o Centrão é o grupo parlamentar que flutua entre os dois lados. Isso significa, por exemplo, ter representantes no comando de ministérios, mas nem sempre votar em concordância com o governo. São os casos de PP, União Brasil, PSD e Republicanos. Com as posições variáveis dos partidos do Centrão, é comum que parte do esforço para convencer parlamentares do grupo a apoiarem medidas propostas pelo Executivo envolva a liberação de emendas. Em meio à crise com Lula, União Brasil pressiona pelos Correios e Banco do Brasil Individualmente, no entanto, foi um partido da oposição – o PL– o mais beneficiado com emendas liberadas dentre todas as representações partidárias no Legislativo. O partido, que tem a maior bancada no Congresso, foi responsável por 17,7% de todas emendas indicadas liberadas, totalizando R$ 418 milhões esta semana e R$ 520 milhões ao todo. Distribuição por partido das emendas parlamentares liberadas na última semana de junho Em seguida aparecem MDB (11,8%), PSD (11,7%) e PT (11,5%) entre os partidos mais beneficiados com liberação de emenda. Essa divisão aponta para o esforço feito pelo governo federal para tentar evitar uma derrota na votação do projeto que derrubou os decretos do presidente Lula sobre o IOF. Câmara e Senado, no entanto, votaram em peso para derrubar as medidas. Em um recorte com base nas Casas Legislativas, a proporção de distribuição de emendas empenhadas se mantém próxima. Distribuição de emendas parlamentares empenhadas por grupo em cada Casa Legislativa Na Câmara dos Deputados, onde R$ 2,3 bilhões em emendas dos deputados federais foram liberados pelo governo, 57% se destinaram a atender os partidos do Centrão, com 26% para partidos da base de apoio e 17% para a oposição. No Senado, o Centrão também dominou a distribuição das emendas, com 46% do total. A base do governo no Senado, que é maior e tem trabalhado mais para conseguir reverter situações negativas, foi mais lembrada e aparece com 37% do percentual total liberado. Os demais 16% se destinaram à oposição. Emendas pagas Entre os pagamentos efetivamente realizados pelo governo federal, o domínio nas emendas individuais impositivas é do União Brasil, partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP). Em semana marcada por derrotas no Congresso, governo libera R$ 1,5 bilhão em emendas parlamentares Ao todo, o governo pagou R$ 130 milhões para o partido. O PSD vem em seguida, com R$ 118 milhões, quase empatado com o PL, que recebeu R$ 117 milhões. O PT aparece apenas na quinta posição, com R$ 99 milhões liberados, atrás do MDB (R$ 108 milhões). Na Câmara dos Deputados, onde R$ 702 milhões em emendas dos deputados federais foram pagas pego governo, 58% foram destinados para atender a partidos do Centrão, com 28% para deputados da da base aliada e 14% para a oposição.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/07/01/mais-de-metade-das-emendas-liberadas-pelo-governo-federal-na-ultima-semana-foi-para-partidos-do-centrao.ghtml


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